Segunda-feira 28

Instantâneo CaixaResearch: estudo de investigação CaixaResearch dá um passo importante na direção do tratamento personalizado do cancro do fígado

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Todos os anos são diagnosticados mais de 860 000 novos casos de cancro do fígado em todo o mundo. O carcinoma hepatocelular é o tipo mais comum e uma das principais causas de morte por cancro. Trata-se de uma doença particularmente complexa, uma vez que apresenta quatro subtipos diferentes, cada um com alterações genéticas e características moleculares próprias.

Até agora, a investigação deparava-se com uma enorme dificuldade: a falta de modelos experimentais capazes de reproduzir fielmente esta complexidade. Esta limitação pressupõe um obstáculo significativo ao desenvolvimento de novos tratamentos, pois torna impossível prever a resposta de diferentes doentes aos medicamentos e, consequentemente, avançar para terapias mais personalizadas.

Agora, um novo estudo liderado pelo Dr. Josep M. Llovet, investigador do Hospital Clínic-IDIBAPS de Barcelona, líder do Programa CaixaResearch de Investigação Translacional do Cancro e professor catedrático da Universidade de Barcelona, oferece uma solução promissora. Em colaboração com a Universidade de Glasgow, a equipa CaixaResearch descreveu 25 modelos de ratos que reproduzem, de forma bastante fiel, os quatro subtipos conhecidos de carcinoma hepatocelular humano. Ao combinar estes modelos com organoides, estruturas que simulam órgãos em miniatura, os investigadores conseguiram criar uma plataforma de alto rendimento capaz de avaliar a eficácia de diferentes medicamentos por subtipo de tumor.

Os resultados, publicados na prestigiada revista Nature, também descrevem o primeiro grande sucesso da plataforma no rastreio dos medicamentos: a identificação da cladribina como um tratamento promissor, em combinação com a terapia padrão.

Esta descoberta demonstra o valor da tecnologia na identificação de novas estratégias terapêuticas e no desenvolvimento de tratamentos inovadores, mais precisos e personalizados, que representem uma solução eficaz para os doentes“, explica o Dr. Llovet.

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